21.11.12

Um ponto não é um pingo
Um pingo não é um ponto

O pingo acerta os ponteiros
O Ponto termina com os ponteiros

Um pingo cai com a chuva
Um ponto não conserta a roupa

O pingo complementa
O ponto é o fim.

5.11.12

ela veio e não me tirou nada
mas me levou tudo
fiquei no mesmo lugar
mas fui a lugares inimagináveis

uma causa, uma razão
um objetivo, uma amiga
uma paixão
devagar se concretiza minha vida

nas palavras dela
agora vim pra construir uma história
acrescento
agora vim pra construir a minha história

Ânimo, força e paciência
me deram o que o ego clama
deixei a grande latência
minh'alma já não reclama

minha evolução
minha amiga
meu coração
minha subida

15.7.12

A p ó s  m u i t o   t e m p o
U m a   v i d a   d u p l a   s e   r e v e l a
A   q u a l i d a d e   e   o   c a r á t e r
Q u e   e l a   n ã o   t e m,   p r o v e r a m   o   i n e v i t á v e l

Q u a n d o   v o c ê   e n x e r g a   m a s   n ã o   q u e r   v e r
O   c o r a ç ã o   e s t á   f a d a d o   a   s o f r e r
Q u a n d o   p l a n o s   e   s o n h o s   v o c ê   e r g u e r
A   p e s s o a   c e r t a   v o c ê   d e v e   t e r

N ã o   s e   e n g a n e
U m a   p e s s o a   c o m   v a l o r e s
N ã o   g u a r d a   t a n t a   m e n t i r a
A   m e g e r a   u m a   h o r a   e n t r e g a

T o m e   o   c u i d a d o
D e   n ã o   s e   o f u s c a r
P o r q u e   o   i n t e r i o r   d e l a   p o d e   s e r   p ú t r i d o
T a n t o   q u a n t o   s e u   p a s s a d o

Desate as amarras
E quebre os vínculos
Antes que seja tarde
E  e l a  apague seu sol

17.6.12

O vento sopra e as folhas balançam
A árvore sabe o que deve fazer,
Sabe que deve balançar
Sabe que algumas folhas vão cair,
Toda árvore conhece sua natureza
Não sabe seu destino
Mas sabe sua função,
Não recebe seu devido valor
E continua a existir,
Persiste, progride, cumpre com sua responsabilidade
E inevitavelmente nos deixa,
É triste e é frio
Mas é sua natureza,
Não sei se me conformo,
Ou se te agradeço, árvore,
Mas seus progenitores nos ensinam sempre.

31.1.12

No escudo da paixão,
Um machado do desespero
E uma lança da ignorância
Na outra mão, a espada do amor.

Ou seria...

No estudo da paixão,
Maquiado pelo desespero
Lança-se a ignorância
Enquanto em outro mundo expande-se o amor.