11.9.16

Laços emocionais,
Escondidos atrás das brincadeiras inocentes.
Advogando meus pensamentos.
Buscam num dia monótono, você.
Sentado aguardando aquele momento
Em que o abstrato combate o real.
Deixa-me em frenesi,
Palavras escritas mas não faladas.
Sentimentos pensados mas não vividos.
Você tá...
Mas eu, como você...
Delirium,
O mais próximo dos perpétuos.

3.4.16

Se um dia
Fores capaz
De apresentar
A métrica do amor,
Terás um Nobel.
Na praia,
Há paz
Sem estares
No fervor
Do banco do réu.
Julgas a raia
Do rapaz
Pelos ares
Da sua dor,
Meu nem tão nobre fiel.
Lembra e não caia
Na voraz
Tentação dos bares,
Do ardor
De seu desejado fel.

19.2.16

Toda vez que disseres
Preciso
É seu ego dizendo
Quero
Quando uma pergunta
Surgir
Será então teu âmago suplicando
Preciso

17.1.16

Você joga contra,
Mas não é proposital.
Você joga contra,
Mas não é proposital.
Você joga contra,
Mas não é proposital.
Você joga contra,
Mas não é proposital.
Você joga contra,
Mas não é proposital.
Você joga contra,
Mas não é proposital.
Você joga...
E o propósito e tal?

9.1.16

Conheço essa armadura de alumínio,
Sem ventilação e ocultando-a.
Como transpira diante de tudo.
De mim, não se esconde.
Um toque de nossas mãos
Desnuda suas intenções.
Na guerra, protege.
Na cama, um mero zíper.
A luta reserva a distância
E ao abraço cabe aproximá-la.
Vivo sem você.
Vivo, sem você.
Sempre a terei.