28.12.15

Você me lembra das fotos!
Daquelas que tirou...
Questiona-me o por quê.
Afável e indomável.

Sinto só ter uma resposta,
Mesmo que outorgada.
Enfurecido, explico que
Pretendo com ela erradicar
A saudade enquanto não nos vemos.

Forço você a entender
Que elas para mim
São memórias vívidas
Desenhadas por entre as linhas
e entre cada palavra de um livro.

Não é que seja uma delonga,
Mas que, quando recebo,
Vejo no seu olhar
Uma exclusividade,
Um algo muito pessoal.
Íntimo.
Uma coisa só nossa.

Por ela posso navegar
Nos pensamentos
Eróticos que dominam
Como pensamentos
Que a fazem minha,
Companhia.
Minha irrefutável amante
Nos laços do amor.
Simplesmente como.

Mas entendo sua recusa.
Refuta não enviar-me mais.

Ainda assim,
Posso sempre rever as que tenho
E continuar a viajar,
Aos mesmos lugares ou
A novos lugares.
Afinal, a excitação
É uma nova jornada.

20.12.15

Olhos, negros...
Cabelos pelo ombro.
Sempre linda.
Imagem.
Mulher de atitude,
Presença marcante e
Posição firme.
Ação.
Cumprindo pena
Por ser delicada.
Beijo suave como
Chocolate meio amargo.
Veludo nu.
Imaginação.

6.12.15

Tomado de sentimentos alheios,
Pobres, por assim dizer.
Atirando ao longe as promessas
Doravante pequenas.
O que houve com o
"Amar-te e respeitar-te"?
Onde se escondeu o
"Até o último dia das nossas vidas"?
Palavras ao vento?
Apenas rituais?
Atores da vida
Diante de duzentos.
Quem é a força construtora?
A quem se atribui a responsabilidade
De ser forte e unir?
Afinal, "o que Deus juntou..."

28.11.15

Seu cheiro
Ainda entrelaçado ao meu
Na manhã seguinte!
Lembra as etiquetas...
Das nossas roupas,
"não lavar em Água Quente".
Simplesmente não lavar!

31.10.15

Tu podes te esconder
Na ausência de palavras!
Mas sempre vou te encontrar,
Nas vezes que fechar meus olhos e
Solicitar que os pensamentos te remontem.
Pois terei certeza que o coração lembra de ti.
Sentia agora que suava,
Que há tempos
A via e
Sonhava.
Ele tão confuso,
Perdia o ágil
Rebolado,
Próximo àquilo tudo.
Ela é sua graça e,
Mesmo com o tempo,
Permanece
Inalterada.
Num encontro...
De um dia qualquer...

20.10.15

Exatamente...
Por tão pouco!!
Rápido mas intenso,
De tal forma que os segundos passaram como horas.
Quase que não quis soltar....
Quase que quis te puxar.
Num encontro que tornasse um só!
Num eterno abraço, soldado, fundido.
queria que você pudesse ver meu sorriso aqui....
Tal qual o meu foi o que respondi.

31.7.15

Minhamentemeobrigaavagarpelaáreadopensamentoquenosmantémjuntos, Honestamentemesintocomocoraçãoaceleradoquandopensoemvocê, Separececonfusõescritotudojuntoéporquepareceonfusoestarcontigojunto!
E me sinto assim!
Contigo, junto!

25.7.15

Não ao reforço positivo,
Diante da inocência da pergunta
De uma criança,
Que deveria receber a reprimenda.

22.7.15

Organizar,
Estar dentro da caixa,
Separar por categoria,
Uso, frequência, abuso.

Evoluir,
Acrescentar o novo,
Jogar fora o velho,
Pensar fora da caixa.

1.7.15

Como se fosse fácil mesmo,
Experimenta você.
Veja o sabor desse cheiro.
Conversamos mais tarde.

17.6.15

Às vezes só queria
ouvir você dizer
não

não de uma maneira
que o tornasse
bitolado

não de uma maneira
que o tornasse
quadrado

Patologicamente pai.

Às vezes só queria
ser ouvido

não de uma maneira
que me tornasse
mártir

não de uma maneira
que me tornasse
mestre

Suicidamente filho.
O que da dignidade humana?

Letrado, concorrido
Multiplicado
Enlatado
Copiado

Sem face e
facilmente substituído,
mesmo carregando
mais de mil consigo.

Ser produto do que fizeram de você?
Imponência e desrespeito?

Humildemente carrego
minha dignidade
que me torna super ou hiper
meu curso, meu caminho,
meu destino.

No fundo, lembre-se:
você é mercadoria;
eu...
a vendo.



12.6.15

Pensava viver...
...delicado!

Pensava viver...
...entonado!

Pensava estar...
...creditado!

Pensava estar...

Julgava ser mais um,
em brados de herói,
no verde do meu rum,
um solo se constrói.

Afugento a inocência,
tão logo me consome.
Sou foco do julgamento.
Este que não me convém.

Deito sarcasticamente
no leito, desenhado,
alcoolizado, desnudo,
que me fizeram.

Penso então
viver o novo,
mesmo dilacerado.

Reconstrução secular.

Passos dados
nas marcas feitas
de um concreto úmido.

São destes os passos?
São de outrem as marcas?
Quem segue quem?

Não há como pisar
no mesmo local
deixado em outro
espaço de tempo.

Nem tempo qualquer,
deixado em outro
espaço do local.
Pisado anos atrás.

Histórias vividas
entre eu e você.
Hoje esquecidas...
Hoje esquecidas?

Incerteza.
Incoerência.
Inocência.
Sem destreza.

Repetir.

10.6.15

Fatídico dia...
Nas linhas de querosene,
Encontro o obituário!
Morri,
Morri como morri tantas mil vezes.
Dos destroços, não me remonto mais.
Na angústia destronada,
Sobra-me a carne podre de um último dia.
Descem as lamentações e chegam em seu ponto...
...Final.

15.5.15

Vazio,
Não como se um dia
Fora cheio.
Vazio
Não preenchido.
Sem um quem
Ou sensação tátil
Não alcançada!

Calígula em tormento.

Peça única conformada.

Vazio,
Agonizante
Deteriorante.

A falta do que
Revoga na revolução,
Como que bradando
Um mudo se apresenta.

Ao mundo um grito
De socorro,
Grito de reconhecimento,
De não vazio.

O que é o oposto?
Qual o antagonismo?

12.5.15

Caso reparasse
Nos meus longos
Loiros cabelos
  
Perpétuo
Estável
  
Entretanto
Pudesse conviver
Na virtude impassível
Ímpar de meu ser
  
Meus cachos
O atormentam?
  
Incólume
Rio com seu riso
Mesmo com o gosto
Amargo
Recorda sangue
Num quadro ou
Porta-retratos
  
Caem rostos
Máscaras
Faces desfalecem
Punhal empunhado
Soa um tambor
Rufando expectativas
Sem vírgulas ou pontos
Contando histórias
  
Contando estórias
  
Ele
Ela
Eu
  
Ninguém mais.

5.5.15

Adverso
Ao contrário do oposto
A principal diferença
É o primeiro passo
     
A linha
Em que me equilibro
Mais fina que a sola
Separa compaixão de dó
      
Meus pesos
Controversos ao ritmo
De um lado, vislumbre obscuro
Do outro, um borrão esclarecedor
       
Matilha
Manada
Minha filha
Mais nada

25.3.15

24.3.15

Ver e ouvir,
Sentidos e sentimentos,
Provar dos sentidos!
Provar cada sentimento!
Testar seus limites,
Correr contra o tempo!
Viver a favor do tempo.
Ter, conter, ter.
Te ter...
Te sentir...
Te ver...
Aqui...
Tendo bons sentimentos,
Explorando meus sentidos,
Te vendo, te imaginando.
A cada conjuntura uma nova sensação.
Sonhando acordado.
Início, meio e sem fim.

10.2.15

Ela foi, e
A saudade que deixa é
Um rombo vazio.
Na estante o
Vácuo de suas coisas.
Não habita o
Canto de outrora.
Deixa o cheiro,
Deixa a lembrança.
Deixa o canto do
Cântico da alvorada.
Castiga a cicatriz da
Solidão divergente.
Voa.
Voa.
Seu ninho guardado,
Aguarda seu pouso
De rapina.