28.12.14

Tenho a mania de
Ouvir Afrodite!
Sabendo de suas artimanhas,
Tenho a mania de...

Tenho meus pensamentos na nuvem,
Constantes desilusões,
Dos pés fincados e enraizados!
Tenho meus pensamentos na nuvem.

Repetidamente enfrento,
Consequência da falta de diálogo.
Sartre ou Poe me entenderiam, o que
Repetidamente enfrento.

Lembra aquele presente?
Quem sabe dessa vez veio,
Embrulhado no melhor papel e com o laço
Mais bonito, e não era pra ser
Seu ou meu. Você
Lembra aquele presente!

Compreendo
Quando a flecha me
Cerca e só resta o
Acompanhamento mortal de um belo
"Compreendo".

O que fica nas entrelinhas
Resulta de ações mal interpretadas
Das palavras não ditas
Que confundem os pensamentos igualitários
Culminando na pergunta,
O que fica nas entrelinhas?

Suspira,
Minha doce ilusão,
Representada e não vivida,
Caída por emoção
De via única,
No colo do invólucro
Sarcástico!
Suspira...

Afoga-te
Em sua própria construção.
Afoga-te!

Não acredito em você,
Em você ou você,
Um sonho possível,
O meu. Ouvi, diversas
E devastadoras vezes,
Não acredito em você.

Provas estão enlaçadas
Em distâncias consentidas,
Comendo as emoções que
Saltam de seus olhos e
Transbordam do seu corpo! 
Esses disparam meus alertas que suas
Provas estão enlaçadas.

Corra!
Se esconda e não suje minha face,
Corra!

Grite
Bem alto na inútil tentativa,
Grite!

Sua subjetividade
Limita-se ao meu desconforto.
Expulso então
Sua subjetividade.

Foi,
Não é e nem era, mas
Foi...

Não me iluda,
Não se iluda,
Não me iluda!

Só,
Também fico, mas
Só!

27.12.14

Eu vejo você,
Temo pelos olhos que me fitam de volta.
Cego e confuso.
Se é tão bom quando vem,
Como deixá-la ir?
É incrível como afeta,
Garras que arranharam profundo.
Ainda cego e confuso.
Você vai, não vai?
Nem tudo vai contigo.
A falta que já sinto,
Pelo branquinho e macio
Confundem e cegam.
Você me entende, não?
Transformou minhas vontades,
Gatuna tão cheia de delicadezas.
Sei que te quero por que te vejo.
Assusta os próximos passos,
Sorrateiros antes de um salto.
Guardarei um pedaço comigo.

30.11.14

Uau!
É tudo que se pode dizer
Para a dicotomia.
Pensamentos antagônicos
Não transformam o ter
No ser.
Te querer não é
Meu dilema, é
Meu desejo.
Se perder em
Confusões do seu passado
Não é minha sina.
Aqui jaz o julgamento,
Aqui jaz o mimético,
Ou aqui jaz uma futura história?
Conheça...
Se importe...
Não fuja...
Sou só eu que confio em você?
Seus sumiços não me deixam à deriva?
Essa experiência é de longe 
E de quem a viveu...
Duvida? 
Experimenta!

9.11.14

Existem situações na vida
Em que personagens do Guy Debord
Gritariam como muçulmanas desesperadas
"Iala iala iala iala!"
 Por isso, aja na velocidade que
Não precise ouvir
"Senhor!  É tarde demais!"

3.10.14

Ela com sua morada,
Nas paredes, fotos de seu alicerce,
Visível eram os pilares que a sustentavam,
Cômodos bem distribuídos,
Confortável,
Tudo pensado.
Por fora, também uma casa extraordinária.
Não estava à venda.
Não estava para alugar.
Que bom se não me convidar a morar.
Me sentirei livre.

Convidaria para conhecer minha morada,
Mostraria as fundações,
Explicaria como escolhi o terreno,
Todos os pilares que mantêm minha casa em pé,
Apresentaria cada canto e até
Demonstraria porque meus pilares são reforçados.

Esse é meu tempo,
Externamente, umas portas arranhadas,
Pareciam tentativas de arrombamento, sem sucesso.
Uma telha ou outra faltando, mas
É a minha casa e é maravilhosa como a vejo.
Contudo, não coloco à venda,
Nunca mais a alugo e,
Para continuar sentindo o livre conforto da individualidade,
Não convido ninguém para morar.

Seria interessante junto com ela procurar o melhor terreno,
Onde prepararíamos a base mais sólida,
E levantaríamos os pilares que sustentarão
Todo conforto de cada área.
Assim, contemplar a beleza do externo,
Que apenas reflete o conjunto.
Sem jamais vender ou alugar.

Essa, sim, é a morada para duas pessoas
Ali perdurar.

25.8.14

Amarrasamor
Sufocaóticosufocados
Sistemáticoncisosistema

Queremporcalharotinas
Compenserenosacrilégios
Caprichadomaromântico

Juntossosublimes
Permanecéticalienada

Corriqueirasteiradvinda
Separa nós dois
O quê de tantas perguntas?
Qual é o onde a que se chega?
Adiante ou constante?
Como seria essa travessia?
Mesmo com as pessoas no entorno?
Seria sozinho?

29.7.14

No toque do
Cruzar de nossos olhos,
Um labirinto voraz.
Criado e mantido
Pelos atuais e
Momentâneos espectrais,
Desenvolvidos pelos
Meus medos.

21.7.14

Frio
Quente
Seguiu a noite.
E a gente?

Silêncio e
Conversa
Roubaram-me as palavras
Com sua presença

Que força é essa
Que me atrai?

Trêmulo
Rígido
Por um lado divertido
Por outro meio frígido

Distante e
Bem próximo
Se fosse comum
Escorregaria como limo

Que atração é essa
Que me força a dizer

Que não somos tão antagônicos quanto penso?

29.6.14

Sei que é dicotômico,
Mas é possível, sim,
Sentir medo daquilo
Que se deseja.
Sentir temor daquilo
Que se pretende amar.
Sim, eu te desenhei demais,
Com inúmeros detalhes
Que talvez nem os tenha.
Quem sabe pequei
Pelo excesso de expectativa
E pela total falta de atitude.
Desistir?
Desista você.
Eu não sou assim.
Ensaiar,
Ensaiar,
Ensaiar,
Ensaiar,
Ensaiar,
Ensaiar...
Nem sai ar.
Convertido em silêncio,
O encontro aconteceu.
Horas e horas,
Dias e dias,
E, mesmo assim, silêncio.
Nem na tentativa,
Nem para desmistificá-la,
Talvez eu quisesse
Apenas destruí-la aqui dentro,
Para reconstruir como pessoa.
Não o mito,
Não a projeção,
Não os devaneios mais comedidos.
Quebrar a expectativa,
Dilacerar o approaching
E apresentar o que posso oferecer,
Mesmo por vezes - Ilusão.
A fera que ali combatia
Era a fera que ali se defendia.
Perdido em assuntos que decorriam,
E como corriam,
Gestoso e boêmio,
A deixa havia passado.
Se fazer presente
Sem ser um enlatado.
Consumar a vontade
E não desvirtuar o caminho.
Ser interessante?
Oh, ser interessante!
Seus lábios sorrindo,
malditamente sorrindo.
Confrontando toda a nova abordagem.
Pele macia
Mas distante.
Pondo a prova a real vontade de te ter,
Não, não é carnal,
Não, também não é espiritual.
Mesmo que "algo" me faça admirá-la tanto.
É pessoal e mimético.
Mas o que é que tem tanto assim em você
Que me prende com tal veemência?
O que você tem
Que me torna seu sem ser minha?
Puxar o ar,
Comentar que...
Perguntar...
Afirmar...
O QUE DIZER?
Então comentar que...

Na próxima.
Se houver uma próxima.

16.6.14

Ansioso em te conhecer,
Pensando em como deveria ser.
Subitamente, me invade uma imagem!
Pular a janela do segundo andar.
Dirigir na contramão.
Chacoalhar meus vidros e só pensar
No que eu faço com você.
Na minha cabeça surgem flashes de futuro do pretérito.
Futuro desconhecido de um passado desejado.
Quando não,
Um futuro desejado de um passado desconhecido.
Você, você, VOCÊ...
Procuro algo mais para minha cabeça pensar e suplico por nova imagem.
Mais uma vez você.
Me pergunto...
Por quê?
Lutar contra ou a favor
É uma ação irrelevante.
Outros fatores me levam a isso.
Mais uma vez, por quê?

10.6.14

Todos os dias ela olhava
Para o mesmo lugar,
Para as mesmas coisas,
Da mesma maneira,
Mesmo assim
Corriqueira.
Todos os dias ela vivenciava
Naquele lugar,
As mesmas coisas,
Com as mesmas pessoas
E as mesmas manias.
Só que, mesmo assim,
Contemplava.
Todos os dias ela desejava
Mudar de lugar,
Para ver outras coisas
E novas pessoas.
Assim,
Coexistindo.
Todos os dias pensei
Até que consegui.

19.5.14

Eu tinha um preço
Um valor que eu não sabia
Foi evitando que descobri
Nas palavras por quanto tentou me vender
Tal moeda desconhecida
O câmbio foi arbitrário
Mas você não conseguiu pagar
Então um pouco mais de você eu vou apagar.
Não se vende alguém!
Não se coloca preço em alguém!
É assim que se torna um ninguém!
Não é tudo que se pode comprar,
Não é mesmo?
Você não tinha esse valor, né?
Não conseguiu me comprar.
Não é tudo que está à venda.
Você vai me entender.
Até lá, eu vou me entreter.

10.5.14

Da janela avisto suas pernas
Não me preocupo com
Nenhuma amarra
O vão entre suas coxas
Tentação proeminente
Voltada para mim
Como se apontada
Pedisse bis.
Parece que me subjugam
Que me chamam e
Desejam
Ardente como uma luz vizinha.
Serotonina e adrenalina tentam
Tentam mas não corrompem,
A sacada com a porta aberta
Me convidam e
No apagar de suas luzes entendo,
Talvez não fosse para mim.
Seria uma rua que nos separa?
Seriam mundos equidistantes?
Sua nudez exaltada
Perturba a noite
É a facilidade que te
Mantém a essa distância
Longe
Mesmo que curiosa
Minha vontade se mantém íntegra
Pô pô pô por causa da ressonância que conheci
Ser, não, cumprir,
Ao menos com a promessa
Que me fiz

9.5.14

Prostrado em reverências,
atônito e intragável,
um gole de vinho branco
ou uma dose de whisky.

Vejo-o como um lorde,
escravocrata
de mentes vis

Décadas se passaram
entre silêncios
contradições e
fugas

Desmonta a imagem
que te fez
rei

Retrai a ambiguidade
quando ostenta
uma certeza
fajuta

Antítese
do carrasco
que se autodenomina

Alguém.

30.4.14

Consumido por alguns pensamentos
E outros devaneios
Falácias

Perdido em alguns lisonjeios
Por vezes alheios
Ingênuo

Prostrados em pé
Por tempos inteiros
Perdemos

Consumo da imprudência
Cavalos esguios
Satisfazendo

Do cheiro de campo
À praia pequena
Te querendo

Fugaz e inevitável
É a orla em brisas


Chuva e café
Companhia por hora
Traquejo

Surtido o efeito contrário
No telefonema molhado
Capricho

E a mensagem que fica
Na cabeça e não se escreve
Sem recompensa

Tentativa de outrora
Repassada no poema
Lembrança

Mais uma investida
Desta vez com coragem
Legitimidade


28.4.14

Meu amigo, meu amado amigo,
não calibre sua perseverança
pela inconstância amizacional,
nem todos são como muitos já foram.
Quem sabe a distância seja um subterfúgio
ou talvez uma maratona a se correr sozinho.
Necessariamente encontramos pessoas assim:
levam um pouco de nós e deixam um pouco deles.
Sem dúvidas, nosso amado amigo Morcegônico
voltará e, para tal, a Confraria deve estar de pé.
Meu amigo, meu amado amigo,
o bater de nossas asas é individual,
nosso grito é supersônico e inaudível,
mas nossa presença é peculiar
tanto quanto vivermos em bando.

24.4.14

Com um salto de segundos
Vai da semente à árvore frutífera
Do ovo ao pássaro em voo
A ideia que procura ser forma
Passa a ser uma forma distorcida da ideia
Mas se não houvesse essa ânsia
Nunca se concretizaria como forma
- em segundos um salto
Um trampolim
Uma fagulha
Algo já em movimento
Motivo para um fim e
Perspectiva de um novo começo
Retroalimentado como
Um moto-perpétuo
Ouroboros de proporções cotidianas
A última página de um livro
Se funde com a primeira do próximo.

12.4.14

É como se...
deitado em piscina de bolinhas
leve, leve desconforto, leve à mente,
flutuando em pequenos espaços de ar
levianamente
estivesse.
Pronto para despertar
o urso mais feroz em sua própria caverna.
Orgulho, egoísmo?
Oportunidades novas?
por isso, o medo...
por isso o medo?
Estivesse.
Seria o primeiro a dizer
teve sua chance,
se eu fosse.
Soaria como
pequenas pedrinhas no meio do cascalho
ou ego no seu egoísmo,
o detalhe entre o é e o foi
ou o e-a-r de
esteve, estava, estará?
Talvez falte uma resposta,
sua querida França
também é fria.
Censura ou liberdade de pensar?
Sugiro, venha e explore,
portanto Voltaire
ao menos a responder.
Como se
não soubesse que sou o que mais quer
e o que mais precisa.
Eu sei.
Flutuando na certeza,
abraçando o abismo,
se jogando nessa
Obscura coNtunDente e Arraigada
coisa do coração.

2.4.14

Anseio pelos prazeres d'alma
Perplexa e conivente
Rumando ao aconchego

Estando distante do
Néctar, tão suave e
Doce que logo
Encontra, ali...

Nesta ou em outra vida
Doravante mesma alma
Obstinada e fulgaz por estar sempre...

15.2.14

Essa Onda não vai passar,
eu me preparei pra ela.
Passei a rebentação,
enfrentei tubarões,
gritei com Poseidon.
Naufraguei em seis mares
e me levantei.
Subi no topo do mastro
quando em viagem me encontrei.
É com ela que vou fazer o regresso,
e novamente em terra firme,
onde é meu lugar,
pronto a tais encantos,
bondade,
carisma,
altruísmo,
todos devolvidos,
com a tal Onda
firmarei.
Por mil mensagens.
Apenas por ora.

Camisa amarrotada.
Por que é tão difícil?

Intimamente ligado,
como se preso estivesse.

Vinco, algodão.
Um número sem uma voz.

Algumas mensagens,
nada mais...

Convite...
Convite?
Convide!

Passo um:
Passar as vestes.

Passo dois:
Por que é tão difícil?

Esquenta e deixa liso,
mas não deixa disso, tá?

Calma,
Tenha paciência.

Eu desenrolo e ligo,
ligo os fios que me unem,
me unem ao outro lado da linha.

Coragem.
Approach.

Eu tenho e
já chego.

15.1.14

Como lembrar de você
e não esquecer de mim?
Se lembrando de você
eu esqueço do mundo.
Me encontro no doce
sopro imaginário em meu ouvido.
Realizo o prazer de
estar contigo, pensando no
como seria...

Mesmo que ainda não.
Aguardando aquele momento.
Nos altos momentos,
nos nem tão altos...
A incerteza do será.
A compensação por
nos igualarmos em pensamentos
e buscas por conhecimentos.
Livros, filmes e outros.
Sim, somos dois estranhos ainda.

Entre contrastes azuis, brancos e pretos,
você some e eu fico meio despedaçado,
quando encontro a sala vazia...
Não tá dando mais,
desse jeito vou ter um velho mundo novo.
Vou para casa, Você.
Assisto a um filme, Você.
Vou escrever, Você.
Vou desenhar Você.
Não sei quando aparecerá nesse contraste
azul celeste, branco gelo e sombra preta.
Mesmo para essa imagem,
um perfume e uma roupa
menos casual,
são o mínimo para te receber.
Aguardo então...

1.1.14

Essa ansiedade que me persegue.
Em minha direção,
nos momentos de desacordo,
com tamanha intensidade
consumindo meu descanso,
consumindo minha razão,
destruindo minhas emoções.

Essa ansiedade que me persegue.
Em minha direção,
nos momentos de desacordo,
com tamanha intensidade
consumindo meu descanso,
consumindo minha razão,
destruindo minhas emoções.

Essa ansiedade que me persegue.
Em minha direção,
nos momentos de desacordo,
com tamanha intensidade
consumindo meu descanso,
consumindo minha razão,
destruindo minhas emoções.

Essa ansiedade que me persegue.
Em minha direção,
nos momentos de desacordo,
com tamanha intensidade
consumindo meu descanso,
consumindo minha razão,
destruindo minhas emoções.

Devo me livrar dela?
Devo aprender a viver com ela?
Nessa angústia que
outrora havia se esvaído,
os pensamentos nefastos me consomem.
Agora, reconstrução...