3.10.14

Ela com sua morada,
Nas paredes, fotos de seu alicerce,
Visível eram os pilares que a sustentavam,
Cômodos bem distribuídos,
Confortável,
Tudo pensado.
Por fora, também uma casa extraordinária.
Não estava à venda.
Não estava para alugar.
Que bom se não me convidar a morar.
Me sentirei livre.

Convidaria para conhecer minha morada,
Mostraria as fundações,
Explicaria como escolhi o terreno,
Todos os pilares que mantêm minha casa em pé,
Apresentaria cada canto e até
Demonstraria porque meus pilares são reforçados.

Esse é meu tempo,
Externamente, umas portas arranhadas,
Pareciam tentativas de arrombamento, sem sucesso.
Uma telha ou outra faltando, mas
É a minha casa e é maravilhosa como a vejo.
Contudo, não coloco à venda,
Nunca mais a alugo e,
Para continuar sentindo o livre conforto da individualidade,
Não convido ninguém para morar.

Seria interessante junto com ela procurar o melhor terreno,
Onde prepararíamos a base mais sólida,
E levantaríamos os pilares que sustentarão
Todo conforto de cada área.
Assim, contemplar a beleza do externo,
Que apenas reflete o conjunto.
Sem jamais vender ou alugar.

Essa, sim, é a morada para duas pessoas
Ali perdurar.