12.2.13

Sossegar a visão,
Reclinar o seu corpo,
Meditar, mesmo que profundamente
Para reconhecer seus atos

E caminhar até onde conseguir,
Contando passos imaginários,
Sem justificar,
Apenas pensando no novo

Juntando forças para concretizar.
Cuidando de si mesmo e dos outros.
Tendo ações comportamentais exemplares.
E que não fujam à realidade.

Faça e refaça!
Tome conta!
Seja!
Realize!

Atos favoráveis
Amando com cuidado
Responsável
Se reinventando.
Reparo, observo
não mudo e não reparo
percebo e pergunto
um mudo não colabora
ajuda e enobrece
conversa e se desmantela
no auge se incrimina
a petulância da esquiva
Reparo, observo
não se altera, não há reparo
a pergunta fica muda
o quórum desfalcado
uma pergunta de um mudo
solicita a presença
o presente é presente
e presente é maravilha
o soldado que se vai
o sol que nasce
mesmo que lá atrás
aquece o campo
campo nobre de poder
o poder do sentimento
único e inigualável
colorido e colante
ou é um pedido
ou é uma súplica
mas é seu
e por isso deve cuidar
e não se esvair
Não me culpe
por todo meu amor,
sei que queima e que dança na ilusão ótica de um mormaço,
mas não é minha culpa!

Difícil para compreender?
Imagine-se então
liberto sob os olhos jugos de outrem,
obedecendo a suas regras.

Impressione-se com a obra,
que revela uma incalculável
transição de tempo
sobreposto à vida.

E aprenda que no amor,
quando arde não é ilusão,
a liberdade afugenta a regra
e tudo eterniza essa obra.
Seu perfume chegou primeiro
Invadindo o ambiente
Um cheiro doce e suave
Descrevia sua fisionomia
Eu ainda não a conhecia
Mas era como se já houvéssemos nos cruzado
Seu rosto encoberto pelos seus cabelos
Essa imagem cintilava na minha mente
Imaginava-a entrando pela porta
O tempo caminhando vagarosamente
Soprando palavras desconhecidas
E firmando minhas mãos trêmulas
À medida que o tempo passava
Meu coração novamente pulsava
Até o bendito ar me faltava
E noite adentro me estimulava
Conhecê-la
Furacão de expectativas
Autocontrole descontrolado
Adrenalina chateada
O sentido que se perdeu

Ela não apareceu
A corda esticou,
Não aguentou e estourou.
Boneco de pano,
Livre para curtir.

A gota que completou o oceano,
A poeira que lavrou o susto,
Rio que não para e
Palavras que andam sozinhas.

Perdi meus óculos.
Sabe onde fui encontrar?
Ali, logo ao lado
Assim que a corda estourou.

Às minhas lentes vejo a dança
Por ela te vejo nítida,
Nem nada e nem tudo
e mais um pouco do mundo.